sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Gestão de Recursos Humanos - Estudo de Caso II

*Gestão de RH – Capacidade de Criação, Novos Paradigmas e muito mais.

Acredito que para uma boa gestão de recursos humanos na área pública ou na iniciativa privada devemos observar alguns conceitos e paradigmas. Sobre esse tema, refleti bastante e cheguei à conclusão que o tratamento a ser dispensada a pessoa não é diferente, são iguais, quer na iniciativa privada, quer na iniciativa pública.
O que realmente difere são os objetivos e resultados pretendidos. Na iniciativa privada os objetivos estão concentrados no lucro econômico e financeiro, na atividade pública a expectativa é a mesma, lucro, só que neste caso o lucro pretendido é o lucro social, o que não quer dizer que os empreendimentos públicos não devam ser economicamente viáveis, claro que sim, devem também ser viável, só que o lucro deverá ser convertido em maiores investimentos e serviços a sociedade.
Temos que levar em consideração a inimaginável capacidade do ser humano em criar, a inquietude do ser humano, se traduz, quase sempre, em uma necessidade imperiosa de repensar as coisas, todas elas, afinal tudo o que existe, inclusive os conceitos e paradigmas. Interessante que o novo pode ocorrer como fruto de mera curiosidade ou da inquietação e insatisfação com o que esta posto.
Falamos muito em novos Paradigmas, mais afinal o que é um Paradigma? Meu entendimento é que não é nada mais do que uma maneira nova de se perceber e lidar com a realidade em todos os níveis e se estabelece e consolida por adoções múltiplas e não por simples propositura.
Tenho sempre recomendado que a adoção de uma novidade, de um paradigma implica em maturação e tempo, é um processo que a partir da difusão dos seus acertos e desacertos acaba por se estabelecer. A natureza da mudança e essa, do entendimento que a nova forma, o novo conceito tem consistências e verdades. Por tanto os Administradores, das organizações públicas ou privadas, devem ter a sensibilidade para adotar os novos paradigmas somente após uma investigação de suas intenções e resultados. O que é bom para IBM, pode não ser bom na sua organização ou instituição.
O que concluímos é que no mundo das organizações e, dos negócios, existe uma dinâmica, quase sempre cruel e inexorável, quem não consegue perceber as mudanças e fazer a administração e correções necessárias estará fora do processo vital que poderá significar a morte da organização que administra. Esta aqui um paradigma, “mudança é tudo que há em negócios”, a administração de mudanças torna-se, pela complexidade do mundo moderno, cada vez mais difícil, executar é cada vez mais difícil, lidar com a complexidade é o desafio real do Administrador, que terá como já sugeri em outra oportunidade, fazer as leituras corretas e desaprender quase tudo que lhes foi ensinado para ser um executivo, tudo isso diminui os riscos mas não os exclui totalmente, por isso insisto fixar que “Administração é tanto ciência como arte”.
As Organizações e os Seres Humanos.
Não temo falar ou escrever sobre coisas óbvias ou simples, até porque tenho o entendimento que são essas coisas simples e obvias as mais difíceis de serem realizadas em qualquer Organização ou Instituição.
Sem preocupação de ser repetitivo, sempre que posso tenho mencionado que os Seres Humanos são, o maior patrimônio que uma Organização ou Instituição, pública ou privada pode ter. Na realidade tudo vai bem ou tudo pode ir mal, dependendo do grau de comprometimento desses Seres Humanos, suas capacitações e qualificações. Há de chegar o dia em que poderemos valorizar e demonstrar esse patrimônio nos balanços das Organizações e Instituições.
O descompromisso e a falta de capacitação e, muita das vezes, qualificação dos Colaboradores de uma organização pública ou privada é culpa deles? com certeza, NÃO. Eles são admitidos ou contratados, ou ainda são prestadores de serviços, de Empresas contratadas, e sequer sabem quais são os objetivos e atribuições fins, metas do Órgão ou da Empresa para a qual trabalham. Faltam investimentos para qualificar e integrar os Seres Humanos que são de fato os produtores de bens ou serviços.
Por sua vez, também, nem sempre os gestores estão aptos e preparados e, muitas vezes provocam milhões de prejuízos a Nação ou a uma Empresa. Investir em treinamentos, em capacitação e qualificação dos Seres Humanos que trabalham, em qualquer Organização e Instituição, pública ou privada é expectativa de lucro e/ou retorno social. De qualquer forma as deformações inicia-se na escolha dos Gestores da coisa pública, que em sua maioria não são qualificados para comandar pessoas e muito menos desenvolver programas de proteção ao maior patrimônio que as Organizações e Instituições possuem. No caso Privado, pode ocorrer a falência ou perdas sucessivas de competitividade e lucros. Na Pública, os prejuízos monetários e sociais são difíceis de quantificar. Imaginem os servidores do INSS, parados quanto custa a Nação em prejuízos financeiros, sociais e muita das vezes das vidas que são perdidas que não tem preço. Assim sendo Senhores, parece-me que as coisas não são tão obvias e, que para começar o maior investimento a ser feito tem que ser nas Pessoas.
O ser humano é o objetivo!!!
Não me canso em enfatizar, os seres humanos são os mais importantes investimentos que uma organização pode fazer. Estabelecer políticas de relações no trabalho e intensos programas de motivação, incluindo capacitação, é sem duvidas a melhor alternativa que um gestor “Administrador”, da área pública ou privada, pode ter para melhorar a participação e o comprometimento dos colaboradores com a organização.
Deve-se levar em consideração que, ao ser contratado um profissional, seja de que categoria for, não se está contratando apenas uma pessoa e sim todas as pessoas do seu núcleo familiar ( esposa, filhos e etc.). O Ser Humano é um ser extremamente complexo e os problemas por que passa o trabalhador, ou seus familiares, interfere significativamente na sua capacidade produtiva, por tanto, também é uma responsabilidade da organização.
O Administrador deve estar atento ao comportamento dos colaboradores, considerando que ele é um todo e como tal deve ser tratado. Não existe apenas o lado profissional, tem que ser levado em consideração também o seu lado afetivo e de relacionamento social e familiar. É importante considerar que não estou a sugerir um tratamento assistencialista ou paternalista, mais uma atenção justa aquele Ser Humano que faz parte do time, da equipe e, que faz com que a organização atinja seus objetivos, metas e resultados.
O que se observa, nesse cenário das relações funcionais, é que o Administrador (representante do Capital) ou Gestor Governamental, utiliza todos os requintes técnicos para obter do empregado ou servidor, o máximo de rendimento, no que considero muito justo, contudo seria desejável avaliar também se estamos considerando dar a esse trabalhador toda a segurança e atenção que ele faz jus. Note bem, não estou falando apenas das obrigações trabalhistas estabelecidas em Lei.
Quero explicitar, no momento, é que Seres Humanos são, em verdade, o eixo principal de qualquer organização e, como tal devem ser tratados. É comum assistir o Ser Humano ser tratado, nas organizações – pelo capital – como um mal necessário, esse é um conceito totalmente espúrio. O Ser Humano é a solução sem o qual nenhum empreendimento existiria. Sendo assim, é absolutamente vital a saúde das organizações saber como esta o estado de ânimos de seus colaboradores.
O conceito moderno de inserção das organizações no meio social, começa principalmente, pelos seus colaboradores e familiares dele. O desempenho de uma organização pode ser medido, não só pelos resultados e lucro, mas também e sobretudo, pelo grau de satisfação dos Seres Humanos que participam dela.
Seres Humanos, motivados garantem o sucesso!!!
As organizações que, intencionalmente constituídas – ou não – são ambientes onde os Seres Humanos interagem entre si com objetivos de alcançarem resultados de interesses comuns, creio que esse conceito esta bem consolidado.
As organizações para funcionarem requerem um conjunto de recursos técnicos, materiais e financeiros, porem o principal e, sem o qual esses recursos passam a não ter nenhum valor, é os Seres Humanos, que tem a capacidade de pensar, imaginar, julgar e decidir, diferentemente dos outros recursos, que são importantes, mais são inertes sem o Ser Humano, para organizá-los. Sozinhos não possuem sinergia, recursos financeiros, maquinas e equipamentos, não operam sem a presença e participação do Ser Humano.
Ao Administrador cabe ajustar os Seres Humanos com a utilização dos demais recursos, sejam técnicos ou materiais, em uma combinação adequada, fazendo com que interajam entre si.
Diferentemente dos demais recursos o Ser Humano, enquanto trabalhador, é uma criatura social complexa, imbuídos de sentimentos, desejos e temores. Assim sendo carecem de uma política organizacional e motivacional que possibilitem o atendimento de suas necessidades.
É imperioso se estabelecer na organização um clima de motivação, individual e grupal, para se obter resultados satisfatórios para o funcionamento da organização, não importando qual ou quais tecnologias estejam a sua disposição, gente não tem parafuso para apertar, a regulagem é motivacional.
Concluindo, mas uma vez, quero afirmar que a satisfação profissional e de relações sociais e familiares, influem sobre maneira, na produção ou execução de serviços a serem obtidos e conseqüentemente no sucesso dos empreendimentos públicos ou privados.
*Texto adaptado para o Blog do livro “Administração Ciência & Arte” de autoria de Celso de Deus.

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